Retrato em vermelho e preto
Já conheço os passos dessa estrada...
Sei que não vai dar em nada....
Seus segredos sei de cor
Já conheço as pedras do caminho
E sei também que ali sozinho
Eu vou ficar tanto pior
Começamos ontem, nós rubro-negros, nova campanha pelo rebaixamento à Segunda Divisão. Pelo quarto ano consecutivo - sendo que no ano passado chegamos bem perto do "título", vergonhoso "título", só "perdemos" no último jogo, quando vencemos o Palmeiras que, LEMBRE-SE BEM, já estava fora da disputa de uma vaga entre os classificados.
Se o Palmeiras tivesse chance de se classificar, o Flamengo hoje estaria com toda a certeza na Segunda Divisão do campeonato brasileiro. Sem nenhuma, mas absolutamente nenhuma dúvida. Assim como começam a ficar claras as perspectivas da tão aguardada queda. Sim, digo aguardada, porque há uns seis anos que a diretoria se esforça para levar o clube para a Segunda Divisão.
Desta vez, estão caprichando. O time já perdeu 10 pontos em cinco partidas. Empatou em casa com duas merdas: Juventude e Goiás. E perdeu para três cocozões: Coritiba, Paysandu e agora o Gama - com direito a um inacreditável gol de PAULO NUNES DE CABEÇA!
Só pode estar de brincadeira, de sacanagem com o torcedor, um time que toma gol de Paulo Nunes de cabeça. Só pode estar de sacanagem o lateral que deixou cruzar aquela bola. Depois, todos pararam de jogar, à exceção do Zé Carlos, centroavante limitado mas que pelo menos faz jus àquela camisa que já vestiu Rondinelli. Um bando em campo.
O Flamengo não pode ter Jorginho, Hugo, André Bahia, Iranildo, e principalmente Liédson. Cansei desse último. Cansei do cai-cai, do drible que termina no chão, das faltas idiotas que ele mesmo faz nos adversários. Pelo desastre, pelo vexame de proporções dantescas que vi na noite desta quarta-feira, já conheço os passos dessa estrada: a direção dela é o rebaixamento. E desta vez não vejo o que pode impedir.
E os adversários do Mais Querido já podem agradecer a ele: Edmundo Santos Silva o escroque que acabou com o clube, dando prejuízos que só serão recuperáveis em pelo menos 15 anos (segundo opinião especializada que ouvi recentemente de um auditor).
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