No chuveiro
A acústica do chuveiro, em determinados momentos, chega a ser melhor que a qualidade do Acústico MTV; não há quem passe de cantor de churrascaria a soprano ou contralto de ópera, na solidão encaixotada do chuveiro. Pensei nisso outro dia, enquanto tomava banho antes de me encontrar com Marcele em Copacabana. Não sei se tenho condições de elaborar uma lista das 10 melhores canções de banheiro. Mas posso apontar pelo menos três: Lígia, do Tom Jobim, Roadhouse Blues, dos Doors, e Espalha-merda, do folclore mineiro. Esta última, música cantada por "Seu Alaôr", personagem esporádico do blog Botequim 2.0, pai de um amigo de anos. A letra do refrão é um primor de ritmo, alegria e desabafo:
Chamaram o meu boi de espalha-merda
A turma lá de casa bronqueou
Espalha-merda, onde foi que já se viu?
Espalha-merda é a puta que pariu!
Ah, o velho folclore mineiro....
3 Comments:
Inspirado GUSTAVO:
Realmente a sua escolha é digna de um programador de rádio senior, Honestamente, não me ocorreu incluir esse primor de composição (Espalha Merda), tanto a melodia quanto a letra - entre outras da qualidade de um Lígia, por exemplo. Você foi muito feliz na escolha. A propósito, tenho a música, cantada, em wave. Se você quiser, está à sua disposição.
Abraços,
Delmiro Oliveira
delmiroo@zipmail.com.br
Cara, bota num rapidshare da vida aí... queria ouvir essa melodia inteira. Conheço só um pedaço...
A verdadeira letra do "Boi Espalha-Merda", segundo os carnavalescos paraenses, é a seguinte:
Chamaram pro meu boi de espalha merda/A turma lá de casa bronqueou/Até minha mulher não gostou/Espalha merda é o cú da mãe de quem chamou.
Quando o meu boi/Entrou no picadeiro/A turma lá de trás toda gritou:"ESPALHA-MERDA!"
Isto não se faz/Aonde já se viu/Espalha merda é a puta que pariu!
-Guga Barros - aubar@ig.com.br
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