20 abril, 2002

São Paulo - Segunda Noite
Perdidos em Osasco
Depois de fechar as páginas de Uruguai e Dinamarca, fui para o hotel aguardar a aparição de Augusto e Zobaran. O primeiro vinha do Itaim, o segundo veio do Rio direto. A atração principal, Moniquinha, veio no carro do Augusto. Uma paulistana típica e talvez a única pessoa que eu conheço que consegue não gostar de Beatles e Vinícius de Moraes e mesmo assim continuar adorável. Além de já ser bonita por natureza, Moniquinha ainda veio de vermelho e preto. Precisa mais?
************
Fizemos uma freak trip. Erramos o caminho - quer dizer, o Sales errou - e fomos até Osasco, querendo na verdade ir para Pinheiros. Voltamos e caímos na Vila Madalena, um dos lugares mais incríveis que já fui em São Paulo. Tudo bem, existe um excesso de adolescentes e "manos". Um dos bares é forrado de alto a baixo com flâmulas e fotografias relacionadas a times de todo o Brasil. Vi até uma foto do Chacrinha com a camisa do Vasco. Coitado.
************
Depois, passamos por um bar-boate cuja entrada é pela boca de um dragão, o Tijuana. Alucinante. Não entramos. Ficamos em um bar que tinha Bohemia de garrafa gelada, na mesa. Excelente. Mas o serviço meio fraco - o garçom parecia cansado. Aliás, Moniquinha parecia cansada, com uma baita de uma gripe que a impedia de beber.
************
Várias casas na Vila Madalena, uma do lado da outra. Todas com música, seja ao vivo, seja de som ambiente, e pasmem, até cantada nas mesas. Cada um com a sua onda. A maioria dos lugares com estacionamento. Havia lugares cheios, mas em nenhum as pessoas se esbarravam ou se acotovelavam. Calor? Inexistente.
************
Voltei logo, nem sei que horas eram. Devia ser tarde pra cacete, pois nossa freak trip Osasco-Vila Madalena levou bastante tempo. Quase deu para ouvir o Voodoo Lounge, dos Stones, inteirinho no carro do Zobaran. Moniquinha ainda ordenou que eu não colocasse nada disso no blog, dizendo que negaria até a morte. Mas eu não resisto. Afinal, até irritada ela é adorável.
************
Segunda-feira acho que vou cometer uma heresia e vou no lançamento do livro do Mário Prata sobre o Palmeiras. Para ser um cara sociável, faço até mesmo esse tipo de sacrifício monstruoso.