Bananas
Este assunto brotou como um pé-de-feijão plantado num pequeno pote em experiência para a aula de ciências do colégio. Vê-lo crescer, dia a dia, para depois jogá-lo fora. Depois repetir a experiência, desta vez só de brincadeira. Assim eu fiz.
Eu não sei o que é amadurecer. É banana ficando preta, envolta numa nuvenzinha de mosquitos? Um amigo escreveu sobre cinema e comentou superficialmente sobre a dificuldade que o homem moderno encontra para se tornar adulto. Os recém-nascidos na década de 70, eu inclusive, são hoje, com raras exceções, a maioria uns adultos inseguros, dependentes e desiludidos, é o que dizem e atestam, até, algumas matérias já publicadas nos "Jornais da Família" da vida sobre o assunto. Zona Sul do Rio de Janeiro. Mas e os outros tantos de outras gerações, mais novos que levam vida adulta; mais velhos que levam vida adolescente? Às vezes, eu me sinto uma banana. Quer saber? Que venham as experiências, que venham as desilusões, que eu erre sempre - e muito - para que alguém venha e me chame a atenção e eu aprenda. Quero ser a pior em tudo, quero tropeçar na esquina, na letra, no texto, na vida. Eu não sei o que é isso, amadurecer.
Eu sei dos meus desejos. Será que eu pararei de beber? Será que eu não irei mais à praia, nem vou dançar? Rirei menos, para parecer séria? Talvez eu até pare de escrever. E morra, de tão madura.
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