30 agosto, 2005

Lista de convidados

De toda a preparação para um casamento, não há nada, realmente, mais incômodo do que a sua lista de convidados. O buffet determina o preço por pessoa, a igreja e o salão dão um limite, mas nem precisavam: o preço por pessoa limitava os convidados a 300 pessoas. "Vamos subir para 350? Preciso colocar pelo menos mais 25 pessoas cada um, né?", eu perguntei para Marcele.
Subimos para 400. Impossível reunir parentes e, principalmente, amigos em uma lista de 200 pessoas, no meu caso. Foram 37 anos vividos - neles, seis jornais impressos (um deles duas vezes), um site de internet, uma campanha política (1996) e alguns frilances. Para se ter uma idéia, a minha primeira lista, não-oficial, incluindo parentes, tinha na verdade 295 pessoas.
Contei com a distância em alguns casos (se viessem todos meus parentes da Bahia, ia complicar), com o passar do tempo em outros, e cheguei a 150. Depois subi para 200, mas a preocupação com o controle do buffet pesou (para noivo e noiva) e fomos cortando um pouco mais. Tentamos evitar as 400 pessoas. Pareciam mesmo inevitáveis. Mas acabei fazendo cortes - nada é mais parecido com um passaralho do que uma lista de casamento, simplesmente pelo fato de que, você tendo muitos amigos, é inevitável ter que cortar alguém que você gosta. Ou então você é rico e chama todo mundo e aluga o Maracanã.
E assim foi feito, gente que eu queria muito foi deixada fora da lista.
Só que aí acontece aquilo que já tinham me avisado: muita gente FALTA ao casamento. E pior: NÃO AVISAM ANTES que vão faltar. Havia 12 convites não entregues que eu poderia entregar caso alguém desconfirmasse presença. Em suma, lambança feita, mas nada que estragasse a festa. Só deu tristeza constatar que o buffet não controlou NADA em relação ao número de convidados, ou seja, eu poderia relaxar um pouco.
O pior é o seguinte: jamais poder dizer "fica pra próxima".

1 Comments:

At novembro 02, 2005 7:26 AM, Anonymous Anônimo said...

oi eu adorei

 

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