24 fevereiro, 2003

Ele está vivo
Confesso que fiquei preocupado com o camarada Inagaki, mas como recebi um email dele solicitando meu voto no Ibest (já votei, e nem precisava pedir), fiquei mais tranqüilo. Explico: ontem, onze da manhã, assisti no SBT ao Derby, o clássico entre Guarani x Ponte Preta. Vitória espetacular do Bugre por 3 a 1 - mas com ingredientes espetaculares. Vamos a eles:
1- Há mais de 15 anos a Ponte não vence o Bugre, apesar de sempre estar em melhor fase
2- A Ponte já estava eliminada, o jogo não valia nada. O Bugre precisava da vitória. O estádio LOTOU de torcedores da Ponte que foram lá só para torcer para a Macaca eliminar o Guarani.
3- O jogo foi no Moisés Lucarelli, estádio da Ponte.
4- O gol da Ponte ainda foi do Sérgio Alves, que lá em Campinas deve estar sendo visto como traidor (acho que foi o primeiro que vi a sair direto de um time para outro)
5- A vitória do Bugre só se decidiu no final, após Vágner e Alexandre, juntos, perderem o mesmo gol e depois do goleiro bugrino Jean salvar a pátria diversas vezes. Uma atrasada de bola horrenda do zagueiro Marinho (aquele que ano passado perdeu a bola para Romário dentro da área da Ponte) e, pímba, gol do Guarani, de Vágner. E o mesmo Vágner, em uma arrancada espetacular pela direita, cruzou para Esquerdinha fechar o marcador. Delírio, explosão no estádio, loucura total. Deméritos para o juiz que deu cartão amarelo para Vágner e Esquerdinha por "excessos na comemoração". Babaquice pura. Porra, um clássico daqueles, jogo supercorrido, pressão da torcida, o cara faz o gol decisivo e não pode vibrar?
Na hora do terceiro gol, eu disse a Marcele o que temia: "Acho que o Inagaki em breve será encontrado deitado com a camisa do Guarani em uma sarjeta, abraçado a uma garrafa de cachaça, com um cachorro lambendo seu rosto". Bom, menos mal que o grande Inagaki parece não ter se "excedido na comemoração". Nada de cartão amarelo para ele. E boa sorte nas finais!