07 agosto, 2002

Reflexões de uma manhã de quarta-feira
Get up, stand up
É claro que aproveito a oportunidade para recolocar no alto do blog o aviso de que a Mate-me por favor está de volta, com força total, na boate Spin (Rua Teixeira de Melo, 21, Ipanema, tels 3813-4045 e 3813-4048, na quadra da praia), com entrada de R$ 5 e consumação mínima de R$ 7. Claro, aproveitei para colocar essa lembrança, e torcer para que o evento dê certo. Os planos posteriores são manter o espaço para uma festa da comunidade blogueira.


Falando em blogs
Estou pensando em propor à Elis Monteiro, além de instituir uma festa, criar também alguns prêmios. Um deles seria o "Melhor desatualização", para aqueles caras que passam mais tempo com o blog parado. Concorrem seriamente o Hagen, que desde o dia 21 de julho não posta nada, e o Gato da Vizinha, do meu amigo Coelho, que de tanto tempo parado eu acabei nem mais vendo (o blog, não o Coelho).
Alienação
Em 1989, ano que acompanhei quase como torcedor as eleições presidenciais, torcendo para que um candidato de esquerda fosse para o segundo turno contra o Collor (estivemos a um passo de termos Collor e Afif na disputa do segundo turno), eu jamais poderia imaginar que eu ficasse tão alienado nas eleições de 2002. Sim, eu jamais poderia esperar que eu fosse "descobrir" que houve debate presidencial, e descobrir no dia seguinte, já olhando O Globo.
Operação França
Não, não se trata do filme, mas sim do procedimento para escapar do simpático livreiro França, aquele que é conhecido por nove entre dez jornalistas do Rio. Eu passei pelos mesmos dilemas que o Maggi descreve no blog dele, de tentar me esconder para ele não vir fazer mais um desfalque na minha conta bancária. Me lembro de estar comprando livros do Bukowski na época, e estava meio raros, lançados pela Brasiliense ou pela LPM. O França sempre aparecia, "olhaqui, mais um Bukowski", e lá ia eu com um cheque "para o mês que vem". Outro dia ele me ligou no jornal, perguntando o que eu ando lendo, eu nem lembro o que eu disse, só sei que entrei de folga e acabei escapando. Mas não adianta. O França sempre volta.
A perna da rainha
Fui com Marcele ao Queen´s Leg da Lagoa nesta terça-feira. Anda animado aquele lugar - é a mesma turma de conhecidos, como se fosse um "Bar Esperança", o pessoal bebendo, etc, marcando coisas que não acontecem nunca, enfim, um lugar bacana para passar algumas horas sem pensar em nada - isso apesar de estar cada vez mais difícil não pensar em Marcele.
Quem tem rifle vai a Roma
O único reforço que eu quero para o Campeonato Brasileiro: atirem no Roma até ele sair correndo do clube. Não agüento mais. Ah, e Caio também não precisava vir não. Por mim, vou de Andrezinho e Liédson.
Cesar Vallejo
Mais uma do espetacular poeta peruano, para fechar:

Babel
Doce lar sem estilo, fabricado
De um golpe só, de uma única peça
com cera Tornassol. E na morada
Ele fere e endireita
e às vezes diz:
"O hospício é tão bonito, e aqui tão perto!"
Mas outras vezes de repente chora.