02 agosto, 2002

Corrigindo injustiças
Encerrei a série Mulheres que um dia amamos por motivos óbvios: não vou pretendo ter nenhum relacionamento amoroso com mulher nenhuma nesse mundo, a não ser com a minha. Para mim é simples - não se trata de uma relação a ser discutida, um problema de análise de defeitos, ou mesmo teorias sobre convivência. Eu sinto assim e pronto.
Mas acho que uma criaturinha merecia ter também um texto para a série. É a Isabela, que sempre comenta por aqui. Uma criatura amiga, nunca tivemos absolutamente nada libidinoso, mas é alguém que eu sempre respeitei. Quando trabalhamos juntos, me lembro de pessoas malas dizendo que ela não batia bem da cabeça. Aí eu pensava, "é, como se eu fosse totalmente normal".
Só que ao invés de topar com alguém doido, eu sempre topava com uma pessoa doce, superbacana, de uma dedicação que eu mesmo nunca tive. Se eu fosse dono de jornal e tivesse que escolher entre Gustavo e Isabela para ser meu repórter, não teria dúvidas: Isabela. Texto, apuração, ética, bom caráter, enfim, qualidades que pouca gente tem. E sempre ralou horrores. Aí eu comecei a perceber que quem ficava chamando a Isabela de doida é que não devia bater bem da idéia - ou então tinha algum recalque.
Tanto eu estava certo disso que hoje ela trabalha no Globo. E a gente sabe que não é para qualquer um ser repórter do Globo - mas ela tira de letra.
A Isabela vive me elogiando - e eu acho exagerados os elogios dela. Mas ela é assim, alguém que não esconde afeto, uma pessoa de um companheirismo inigualável. Eu é que tenho o maior orgulho de receber toda a consideração que ela me dá.
Eu fico pensando: se a gente nessa vida - que é uma só - não valorizar essas coisas todas que a Isabela é, para o que mais a gente vai dar valor?
Ah, e tem mais uma coisa: assim como Marcele, a Isabela também é Flamengo. Claro, só podia dar em coisa boa.