Em defesa do "Faz parrte"
Uma excelente e talentosa blogueira me manda mensagem sentando a porrada nas minhas críticas ao final do Big Brother. Já mandei mensagem para ela dizendo que minhas críticas não foram à pessoa do brutamontes, e sim à facilidade que os meios de comunicação têm para demonstrar sua capacidade de construir e destruir mitos a seu bel prazer - e de como estão fazendo isso de uma maneira cada vez mais perigosa. De todo jeito, vale a crítica à crítica feita pela moça:
Vou sair em defesa do Kléber. Acho que ele foi injustiçado. Ele é mocorongo? É. Ele dança mal? Pessimamente. Ele é devagarzão? Opa. Ele é extremamente irritante? Nem se fale.
Mesmo assim, ele não é do mal. As pessoas da minha faculdade, se perguntavam por que elas não ganhariam 500 paus. Elas, que estudaram 20 anos. Elas, que fizeram São Francisco e falam Inglês e talvez até uma terceira língua. Elas, que trabalham o dia todo. Elas, que exercem uma profissão que agrega tantos valores positivos à vida de uma pessoa.
Não existe um motivo que os impeça de ganhar dinheiro porque, afinal, eles são tão eruditos. Mas trabalhar 12 horas por dia e estudar 20 anos só tem uma finalidade, deixar a gente feliz. Fazer o que gosta. Sentir alegria de verdade quando faz alguma coisa bem feita e aprende um pouco. Isso é agregar valor. Sabe aquele texto que correu a internet sobre como você deve olhar o dinheiro e dizer: eu sou dono das notas e não o contrário?
Isso. Eu não vejo que valores pode agregar o Kléber na minha vida. Mas certamente deve haver algum. Por exemplo, me fazer parar pra pensar essas coisas e escrever sobre isso. Ou rir, muito, mesmo que seja da cara dele. E depois perceber que não é nada bom rir da cara de alguém. Por isso, o Kléber merece ganhar dinheiro quanto qualquer outra pessoa.
Quanto os meus amigos eruditos que não conseguem assistir ao Chaves e rir e que insistem em levar uma vida chata. Que tipo de pessoa não gosta de Chaves e nunca assistiu a um filme dos Trapalhões no cinema? As que não conseguem se divertir. Pelo menos, o Kléber se divertiu.
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