Nos tempos do rádio
Nos tempos de convalescência, costumava acordar às 5h30, por causa da dor. Quando a programação da TV a cabo era uma merda absoluta (quase sempre), eu ligava um radinho de pilha na CBN e ficava ouvindo e lendo alguma coisa. Como é complicado se concentrar com dor para ler, acabava ficando com o rádio.
Sem poder acessar a internet a fim de me distrair, aí então o rádio assumia uma importância ainda maior. E descobri uma programação ótima na CBN, se você começar a ouvir lá pelas sete e meia da matina e parar ao meio-dia: você ouve Gilberto Dimenstein, Arnaldo Jabor, Carlos Alberto Sardenberg, Merval Pereira, Mauro Halfeld (a economia ao alcance de todos), Liberdade de Expressão (com Cony e Xexéo) e o ótimo CBN Rio, apresentado por Sidney Resende, com tudo sobre a cidade - inclusive esporte. "É mais eficiente do que ler jornal, nem precisa comprar", já me disse o historiador do rock Rodrigo Cobra, que nas horas vagas é engenheiro. Concordo. O rádio, além de tudo, tem a graça de trazer as notícias bem em cima da hora, ao ponto que, em alguns casos, você consegue até ouvir os tiros ao fundo da "sonora" do repórter.
Outra vantagem: você ouve o que você não quer. Ou seja, se nos jornais impressos e na internet a parte de economia às vezes é jogada no lixo, com o radinho ligado ali do lado você é obrigado a ouvir e acaba se informando.
Agora, se você seguir a minha dica, procura ouvir de vez em quando o Cidade do Blues, na Rádio Cidade FM, todas segundas-feiras, à meia-noite. Volta e meia vou aparecer por lá. Se é que isso é algum atrativo.
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