19 março, 2003

Leitura rápida de um jornal de quarta-feira
Está lá: um jornaleiro de 65 anos foi baleado durante assalto a uma banca em Ipanema. A primeira coisa que penso é: "Tomara que seja mentira. Tomara que o assalto tenha sido a outro lugar, que a arma do assaltante tenha disparado sem querer".
Sim, penso assim porque é difícil imaginar que solução poderemos ter para uma cidade em que há assaltantes capazes de assaltar um jornaleiro de 65 anos e ainda atirar nele.
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No Globo On, já tem o balanço das últimas horas. A leitura reforça a campanha "O último a sair apaga a luz", a mesma campanha que pretende lotar Santa Catarina, interior de Minas Gerais e Paraná de cariocas refugiados da guerra civil. Vale lembrar que a governadora recusou o acordo que colocaria as polícias sob controle federal, sob o argumento de que "nós podemos cuidar disso". Sei. Provavelmente deve ser por isso que ela estava no programa da Adriane Galisteu, em um joguinho de perguntas e respostas, ao lado da Astrid Fontenelle (meio alteradaça, falando com sotaque baiano) e do DJ Zé Pedro.
De qualquer maneira, você que não mora aqui no Rio, clique aqui (abre em uma nova janela, pode clicar) e leia tudo sobre "porquê não se deve visitar o Rio de Janeiro".
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Guerra iminente, um jornalista árabe faz uma entrevista com Romário. Como todos sabem, o Baixinho não conseguiu ser inscrito a tempo na competição continental que seu time no Qatar iria disputar, a Copa da Ásia. Como todos sabem também, a Copa do Mundo em que o Brasil conquistou o pentacampeonato na Coréia e no Japão é conhecida historicamente como A Copa da Ásia.
Talvez daí tenha vindo o ruído na comunicação. O jornalista árabe dispara, "Alguma tristeza por não ter podido participar da Copa da Ásia?"
E Romário responde: "Sim, claro. Doeu bastante e me lembrou um pouco meu corte da Seleção Brasileira às vésperas da Copa do Mundo de 1998, na França".
Ou Romário e o jornalista se confundiram no que seja "Copa da Ásia" ou o Baixinho virou um exemplo de diplomacia.
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Ainda no futebol, a mais engraçada de hoje: Levir Culpi, técnico do Botafogo, pensa em "aproveitar o regulamento" e vencer o São Caetano por dois gols de diferença hoje, no Anacleto Campanella, e assim conquistar logo a vaga, sem necessidade do jogo de volta.
- O regulamento nos dá essa possibilidade e temos que aproveitá-la.
Sim, o regulamento dá essa possibilidade. Resta saber se o time do Botafogo também dá essa possibilidade - ainda mais com o mesmo Levir anunciando o "esquema" tático para hoje: 4-5-1.
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Decisão? Que decisão?