17 março, 2003

15 de março
Já significou posse de presidente no qual eu não votei (desde que a democracia foi reinstaurada, o único que assumiu dia 15 foi o Collor). Atualmente, é aniversário dela, daquela com quem eu viverei para sempre, portanto é um dia mais que especial. E esse foi o primeiro 15 de março que passamos juntos.
No entanto, durante muitas horas, eu estive de péssimo humor. Tudo por conta de um bando de bêbados e peladeiros que levou uma goleada do Fluminense. Quer dizer, pelo jogo que foi, nem deveria ser chamado de goleada - 4 a 0 foi MUITO pouco, mas muito pouco mesmo.
Não seria injusto que o Fluminense tivesse vencido de mais de dez gols de diferença. Seus jogadores tinham tática, comando, estratégia, preparo físico, técnica, estrutura emocional, e estrutura moral. É um time mediano, quase um timeco (se pegar um São Caetano da vida, leva ferro). Mas um time. Quanto ao adversário de sábado, não era um time, e sim um bando de atletas de fim de semana, bêbados, sem organização, comando, moral, nada.
A cena de Alessandro partindo para cima do juiz ao ser - bem - expulso mostrou o que é o meu time hoje em dia. Uma atuação bisonha, ridícula, e ele se acha no direito de arrumar briga com o juiz. E Fernando, com uma entrada desmoralizante, uma expulsão idiota, querendo reclamar? E Váldson, perdendo TODAS para Ademílson?
Eu poderia descrever de forma interminável a forma vexaminosa com que essa matilha se comportou em campo. O goleiro então, um idiota completo, com uma jogada imbecil ao fim do jogo que pude ver no videotape (fui embora do Maracanã no terceiro gol, feito de uma forma infantil, como o segundo).
Não posso falar da dupla de "atacantes" (só com aspas mesmo) porque não conseguiria descrever Fernando Baiano sem usar os piores palavrões da Língua Portuguesa. E acho que um cidadão de quinta categoria como ele não merece que eu esculhambe meu próprio blog. Fernando Baiano e Zé Carlos hoje não seriam titulares em NENHUM clube da primeira divisão do Campeonato Brasileiro.
Claro, sempre há aqueles que vão dizer que o time perdeu o campeonato ao entregar os jogos para América e Olaria. Concordo em parte - acho que daí começou a amarelada, a maior da história do futebol. Mas eu duvido que ganhassem do Americano. Simplesmente porque eles são ruins, todos, todos eles. Talvez o Felipe escape disso um pouco, quem sabe o Athirson, fazendo alguma força o Júlio César. Mas o resto não tem vaga em time de várzea.
O técnico (ruim) já foi embora. Espero que vá muito mais.
E meu palpite é que até o fim da semana o novo técnico seja Carlinhos ou Vanderlei Luxemburgo.
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Depois do jogo, fomos comemorar os 23 anos de Marcele. Ao dormir naquela noite, fiquei pensando em tudo o que ela representa para mim - simplesmente um sonho, é o que ela representa. Quando eu já achava que a História tinha acabado, que para mim o melhor era o auto-esquecimento após vários tombos, eis que apareceu Marcele.
O que posso dizer em uma data como essa, que eu já não diga todos os dias? Talvez um obrigado por ela ter aparecido em minha vida. Sim, um obrigado, meu amor.