18 março, 2003

Agradecimento
Aproveito o espaço para agradecer a todas as manifestações de solidariedade pelos fatos ocorridos no dia 15 de março - um desastre como a mais que merecida derrota para o Fluminense não poderia acontecer logo no dia do aniversário dela, mas aconteceu. Aos poucos vamos nos recuperando.
Aliás, Marcele lembra bem o momento em que eu pressenti a tragédia: antes do jogo começar, os jogadores do Fluminense (que, se são um time mediano, pelo menos são um time com conjunto, organizado, com comando e solidariedade) se abraçaram no lado deles do campo, e fizeram uma corrente. Do outro lado, a mulambada, o bando de bêbados e vagabundos que compõe hoje o time do Flamengo (bêbados, drogados, psicopatas, fracassados) olhava cada qual para um canto. Deviam estar no mínimo procurando um lugar para fugir, já que além de tudo são um bando de amarelões e covardes.
Eu espero que com um novo comando na Gávea isso possa mudar. E torço para isso. Não sou torcedor de ficar fingindo que o time é bom (como fazem hoje os vascaínos, por exemplo) mas muito menos sou de abandonar o time assim. Torço para que, com comando, e com pelo menos uns seis expulsos do time, dê para acertar. A minha lista preferida é: Fernando, Fábio Baiano (que jogou de sacanagem o campeonato inteiro), Fernando Baiano, Zé Carlos, Jorginho e Alessandro.
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Descobri duas novas espécies de torcedor: o neo-tricolor e o camaleão. O neo-tricolor é aquele que volta e meia publica posts dizendo "Não gosto de futebol, gosto mesmo é de skate e de surf", mas volta e meia, quando o Fluminense ganha, passa a gostar de futebol e sacaneia os outros. Esse é o Sem Sono Chahim.
O outro é o torcedor que posta comentários citando trecho do hino ("Sou tricolor/de coração") do time contra o qual o time SUPOSTAMENTE do coração dele vai disputar o título estadual.
Esses são velhos conhecidos. Torcem pro Botafogo da Paraíba, pro Ceará, pro Vélez, pro Boca, pro Santos, pro Corinthians, pro Cobreloa, pro Grêmio, pro Liverpool, enfim, para qualquer time que dispute qualquer coisa contra o Flamengo.
É meio cômico, isso. Ver o torcedor vibrando com o Fluminense - e logo mais não se importando se o time dele ganha ou não dos tricolores.
Enfim, cada qual com seus objetivos. O meu objetivo é torcer para o meu time melhorar - e isso inclui reconhecer a superioridade dos adversários, como o Fluminense no sábado e ser crítico em relação aos jogadores rubro-negros. Já aqueles cuja prioridade é ver o Flamengo mal, bom, boa sorte a esses. Esse rancor só nos alimenta.
Porque todos nós sabemos quem começou com esse rancor (um certo trauma de infância): Júnior, Zicão, Nunes, Adílio, Leandro, e todos aqueles que massacraram os timecos da época.
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Para dar um tempo na irritação com o Flamengo, fui com Marcele ver o filme "Prenda-me se for capaz". Bom filme. O melhor é que esse o Meninos Eu Vi não poderá contar o final - todo mundo já sabe que no fim o cara é realmente preso, que a história é real, etc, etc.
Mas vale o programa: a cena do cara furando o bloqueio do aeroporto usando mulheres vestidas de aeromoça é impagável.
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