31 outubro, 2002

2002 - que odisséia é essa?
Este ano está praticamente no fim, faltam dois meses, sendo que dezembro voa. E penso que 2002 foi um ano muito bom. Não ganhei muito dinheiro, é verdade. Mas vivi coisas boas, conheci a mulher mais perfeita que já apareceu para mim, essa menina por quem eu estou apaixonado e que defenderia de qualquer coisa que fizessem contra ela, e ainda firmei algumas festinhas. Tem dado para sobreviver. E Lula ainda ganhou as eleições, o que é um verdadeiro marco para 2002. Ou seja, apenas formas agradáveis de lembrar 2002 com saudades.
Mas...
Acabo de chegar do Maracanã, onde vi o Flamengo iniciar sua descida definitiva rumo à segunda divisão. Ou seja, está confirmado mesmo que nada é perfeito. Um ano com lembranças tão boas será maculado por um desastre de proporções incalculáveis. Chego ao supremo sacrilégio de pensar que ainda bem que meu pai não está vivo há 18 anos. Ele, que me ensinou tudo de humano que eu sei, não suportaria ver o time dele chegar a esse ponto aviltante, ridículo, vexaminoso, inacreditável.
É o fim. O fundo do poço. Acho que acabou. Não vejo esse time em condições de vencer nenhum dos quatro adversários que restam (Botafogo, Portuguesa, Palmeiras e Guarani). Incapazes, divididos entre jogadores ruins que entregam o jogo e jogadores apenas razoáveis que se recusam a jogar. Um fracasso. Gostei da idéia de um amigo para quem liguei agora de madrugada: "Se eu fosse o Hélio Ferraz demitiria TODOS. TODOS, sem exceção, e amanhã. Abandonaria a competição, e iniciaria o trabalho por um novo time para disputar a segunda divisão". O cara está certo. TODOS eles são uns incompetentes.
Você levaria o Liédson para ser atacante do seu time, jogador responsável pelos gols, ou preferiria empregá-lo como MOLEQUE de recados? Eu optaria pela segunda função. O Zé Carlos algum dia jogou futebol? Anderson? André Gomes? Alessandro? Algum deles é jogador?
Athirson teve uma das atuações mais patéticas, ridículas e irresponsáveis que já vi em um jogador de futebol em toda a minha vida. E ainda tomou um cartão amarelo ridículo que o deixa de fora de um CLÁSSICO decisivo contra o Botafogo.
Em suma, não há mais esperanças, não há perspectivas. Talvez a segunda divisão seja o ponto de partida para uma retomada do destino desse clube que meu pai me ensinou a gostar. Sim, penso por esse lado. Para que ficar na primeira? Para continuarem esses caras no clube?
Se não fosse por Marcele, eu certamente já teria enlouquecido. Ou sido preso por apedrejar a Gávea. Bom, alguém tem um coquetel molotov aí?