31 agosto, 2002

Dica de uma manhã de sábado
Uma manhã de sábado sem ressaca (caramba, por causa da minha bronquite esta é a minha segunda manhã de sábado sem ressaca SEGUIDA!) pede o lamento calmo de Paulinho da Viola. Ou o samba terno de Toquinho, com aquele violão que poucos tocam igual no Brasil. Parêntese: quem não gosta de música e sim de ideologia, melhor nem continuar a ler, porque, por mais que eu goste do rock and roll eu sempre elevei Paulinho da Viola à categoria de Deus. Seu único defeito é torcer por aquele timinho de São Cristóvão.
Bom, se fosse para escolher entre um e outro, seria difícil. Então, melhor logo os dois juntos, no CD duplo Sinal Aberto, gravado ao vivo no Teatro João Caetano. Espetacular é a palavra mais modesta para classificar um disco que já começa com Toquinho interpretando "Nada de novo", do Paulinho, e emenda com Paulinho da Viola tocando "Que maravilha", do Jorge Ben. Depois seguem-se os sambas belíssimos "Tempos Idos" e "Desencontro", e quando você pensa que os caras aliviaram, começa "Onde a dor não tem razão", samba simplesmente maravilhoso do início da carreira de Paulinho.
Vale a pena comprar esse excelente "Sinal Aberto", se encontra baratinho nas lojas virtuais.