Blues, blues, blues
Noite de sábado, pessoas conhecidas espalhadas, cada um para um canto, cada um com um programa no qual você não pode se incluir porque não tem muito cabimento. Seja por que motivo. O que eu faço? Ainda tento ligar, mandar emails, pensando em uma programação. Mas tá tudo muito ralo, muito fraco.
Aí penso que é assim mesmo. Tem dias em que há coisas para fazer, há finais de semanas com vasta agenda, e tem dias em que não há nada mesmo. Não adianta. O jeito é guardar essa grana para os dias bons e não arriscar o suado dinheiro em roubadas.
Fiquei em casa, adiantando material sobre seleções. Peguei a minha pilha de CDs que fica na parte de baixo, à direita do som. São os de jazz. No meio do caminho em que me abaixo para pegá-los, vejo o excelente "Steppin out", da superbanda John Mayall and the Bluesbreakers. Pensei, "há quanto tempo não ouço isso!", e peguei o danado.
É da época em que Eric Clapton assumiu a guitarra da banda, com 17 ou 18 anos, lá pelos idos de 1967. Em CD, o "Steppin out" ficou ainda melhor, com uma versão apocalíptica de "What i´d say". Mas ainda tem coisas acachapantes como "Double Crossing Time", "Little Girl" e o inigualável solo de guitarra de Clapton em "Have you heard". Coisa fina. Para paladares exigentes.
Ouvindo "Steppin out", fiquei satisfeito de estar em casa. Aliás, estou ouvindo neste exato momento. Com o perdão do trocadilho, "step out" de casa é a última coisa em que penso no momento.
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