reencontro?
Ela o viu de longe, na altura do último vagão do metrô. Sentiu a pulsação aumentar ligeiramente. Seguiu em sua direção, andando com charme e já estampando um sorriso. Ele a viu, cruzou os braços e encarou-a. Deixou-a um pouco sem graça; ela disfarçou. Estavam atrasados. Ele tocou-lhe o braço com suavidade e comentou ter lembrado dela no dia anterior. Há mais de cinco meses não se viam. Os dentes amarelados dele a impressionaram. Achou-o mais magro, também. Suas mãos suaram ainda mais quando, na despedida, ele puxou-lhe o braço e deu-lhe um beijo, sem palavras. “Estamos atrasados”, disseram. E nunca mais se viram.
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