29 outubro, 2001

Zapeada infeliz
De controle remoto na mão, já causei grandes males a mim mesmo. No domingo passado, fui parar em No Limite. Esta segunda, tive a infelicidade de me deparar com um programa chamado Casa dos Artistas ou coisa parecida, que me pareceu uma chupada descarada de um outro programa americano chamado "Big Brother" - que nada tem a ver com o Survivor, no qual o No Limite foi inspirado. O lance aí é dentro de uma casa. Só que na chupada tupiniquim, são umas mulheres gostosonas e mais uns caras, entre eles o Alexandre Frota e o Supla. Valha-me Deus.
Aí tem uma cena deprimente na piscina. O Frota conversa com um outro retardado, contando como tentou comer a Regininha Poltergeist durante um Carnaval. A fala dele é toda censurada, para omitir nomes. Só que a gente percebe que a Regininha é essa mesmo, porque os caras da produção se esqueceram de cortar um detalhe: "Passei lá no Méier para buscar ela, ela ainda morava no Méier", diz o Frota. O nome da moça a produção não cortou, achando que não tinha como nego descobrir que Regininha era. Só que aqui no Rio, seus pangarés, todo mundo sabe qual é a Regininha que morava no Méier.
O que se segue é ridículo. "Aí pintou o (piiiiiiiiiiiiiii), um cara que ela curte lá, mas o cara é feio pacas, tu sabe, tu já viu o cara, ele é feio pacas, o (piiiiiiiiiiiii)". Fica nítido que o cara é o Fausto Fawcett. No final, o cara diz, "porra, no final a mulé (sic) tava toda sem maquiagem, bêbada, cabelo desgrenhado".
Mundo, vasto mundo. Por isso que eu ando ficando tanto tempo em casa.