29 outubro, 2001

O côncavo e o convexo
O ser humano tem muitos pontos de conflito, e alguns desses pontos tornam ou mais fácil ou impossível o relacionamento entre duas pessoas. Quando acontecem exceções, viram até notícia. Por exemplo, um cara da UDR namorar uma menina do PT. Um rubro-negro namorar uma vascaína (já fiz isso duas vezes, e nas duas fui campeão), um ateu namorar uma garota da Universal, enfim, vários pontos que eu chamaria de "Zonas de Conflito", para ser mais exato.
E outras são menores, mas não de menor importância. Por exemplo, eu tenho uma dificuldade muito grande de pensar em conviver com mulheres que realmente acham que o macarrão deve ser quebrado antes de entrar na panela.
Dou toda razão a mulheres que tenham a opinião de que os homens dela não devem ser assinantes de Seleções do Reader´s Digest.
Eu mesmo tenho uma dificuldade muito grande em conviver com pessoas que acreditam em facções radicais do PT, Astrologia (de forma radical), Tarô (idem), Ufologia, e que adotam raciocínios simplistas de maneira geral, a saber:
"São Paulo é chata, o Rio é tropical, ensolarado"
"Gosto mais de verão do que de inverno"
"Maluf rouba mas faz"
"Esse tipo de música não se ouve mais"
E por aí vai. Considero o raciocínio simplista, se não uma zona de conflito (às vezes dá para conviver) uma perigosa área de contato, que nos faz cansar rapidamente do interlocutor. Acho terrível quando alguém já começa uma conversa perguntando "mas então, você trabalha aonde?".
Enfim, todo esse papo de zona de conflito é para dizer que, uma das coisas em que eu e a Alessandra Archer sempre iremos concordar é em relação aos gatos.
Já fui muito contra cachorros, hoje convivo com eles numa boa. Mas os gatos realmente são espetaculares.