29 outubro, 2001

No limite do tédio
E ontem estava eu lá, catatônico, assistindo à terceira edição de NO LIMITE. Os personagens me lembram aqueles livrinhos de Maria José Dupret, ou aqueles da Ática, tipo "A mina de ouro" ou "Escaravelho do diabo". Sempre tem alguém com apelido engraçadinho: na primeira vez, o primeiro a sair foi o Amendoim. Dessa vez, sai a Bisteca. Fora a mistura indigesta que isso deve dar no estômago, fica parecendo mesmo mais um epísódio da turma do posto quatro.
Além do mais, é um tal de nego com mais de 40 anos nos cornos gritando "iiiiiiiiissssaaaa", ou "vamo lá turma!", ou "uuuurrrrrruuuuuuu" que chegava a me constranger. E as profissões? Um policial com sotaque baiano, um sushi man, e, como sempre, um fazendeiro.
Ainda tem um modelo, uma dona-de-casa e um pastor, quem diria. O cara usa um boné escrito "Sem limite com Jesus". Uia. E ontem a equipe dele foi derrotada, e ele fez questão de reunir todos sob seus braços e orar, "nós somos vencedores, obrigado Senhor".
Foi rolar isso e eu entrar numa: "Não é possível, é lógico que o pastor é que vai para o trono", achando que o resto da equipe iria votar no cara porque seria uma malice ficar fazendo aquele ritual a cada derrota. Que nada. O cara não levou um voto sequer. Só as mulheres foram votadas, e no desempate, a Bisteca é que dançou.
Moral da história: Os malas também merecem o reino dos céus.