02 janeiro, 2002

2002
Acho que ainda está em tempo de desejar feliz ano novo pra todo mundo.
Viajei meio correndo, não liguei para ninguém, não mandei e-mail, nem telefonei. Recebi alguns e-mails legais, pouquíssimos telefonemas, mas valeu. O lugar em Angra onde fiquei é quase um paraíso (é bom acreditar que existe um paraíso). Ainda mais em se tratando de um paraíso rico. Casarões, lanchas e eu. O jeito foi ficar tentando fazer resoluções de última hora para ganhar dinheiro no novo ano (ia escrever no “ano novo”, mas não sei porque soou feio). Acabei desistindo de fazer a tal resolução e optei por curtir mesmo. “Talvez eu vá para a Austrália”, foi a única coisa que me permiti pensar. Mas se esta idéia for uma resolução, daquelas bem sérias (hihihi, Gustavo), não deveria eu estar escrevendo aqui para todo mundo saber. Se não – diz o povo - não dá certo.
- Não pode contar para ninguém. Tem que guardar segredo dos planos.
Ah, é? Vai ver que é por isso que eu vivo assim, dando cabeçadas. E pensar que a solução é tão fácil, ora, só é preciso fechar a boca.
Quase usei um vestido vermelho, tipo tomara que caia, para passar o reveillon. Uma amiga me emprestou e disse que seria garantia de sucesso no amor, em 2002. Infelizmente, o vestido ficou apertado demais. Reparei demais nas dobrinhas na cintura, mas o pior foi quando me olhei no espelho e me achei melindrosa demais. Aí, não deu. Resultado: além de não usar o tal vestido, não comi lentilha; também não tomei conhecimento de uva nenhuma, nem joguei flores para Iemanjá. Bom, pelo menos mergulhei à meia-noite, (aliás, pela primeira vez na vida), mas com todo o cuidado pois a champanhe já havia dominado o ambiente e a minha cabeça. E dormir feliz.