03 dezembro, 2001

Celular

Esta praga do século XX, este "besouro incessante", como bem apelidou o Veríssimo, que toca inescrupulosamente às piores horas de nossas vidas, só nos causa transtornos. Quando mais precisamos falar com alguém o telefone está fora de área ou na caixa postal. Esqueço o meu toda hora, em qualquer lugar, principalmente em casa, e olha que ele é um "tijolão". Se eu perdê-lo, não comprarei outro. Estou tentando, em vão, destruí-lo. Quebrei o flip, não ponho crédito há um tempão e faço o possível para esquecê-lo. Mas sentirei falta. É uma neurose tão séria - um verdadeiro instrumento de tortura - que fez até o Gustavo sentir saudades da ditadura.