A publicidade pela ótica dos canalhas
A propaganda é de um cartão de crédito que oferece segurança pela internet. Para começar, isso é de uma calhordice sem tamanho. TODO cartão tem que ser seguro e a responsabilidade por sua segurança é da administradora e do site de e-commerce. Os estornos deveriam ser obrigatórios. O resto é conversa fiada, publicidade escrota para convencer os incautos a adquirirem MAIS um cartão com o mote "ah, ESSE aqui SIM, serve para comprar na internet".
Eu nem prestei atenção no comercial, só sei que, pelo finalzinho, deprecia uma moça que trabalha como caixa. Um babacão, no final, fala "Preciso perder o medo de comprar pela internet". Tipo assim, é, preciso perder o medo, e parar de comprar com gente de verdade, gerando emprego para pessoas simples, impostos etc.
Uma tremenda papagaiada. Tá, é ótimo para o país que o e-commerce se desenvolva. Mas, catzo, não pode ser uma coisa em detrimento da outra. E a publicidade deveria entender o quanto é importante na formação subconsciente das pessoas. No dia em que a gente achar melhor comprar pela internet (é melhor pela comodidade, sem filas, sem trânsito, etc, reconheço) porque assim a gente não tem que dialogar com uma moça meio tapada - no caso, como a caixa é mostrada no comercial -, bom, o que esperar daí em diante?
A vida virtual não pode substituir a noção de sociedade, de civilização. Senão, que substituam os publicitários por computadores também - ambos parecem ter os mesmos sentimentos, nessas horas.
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