01 novembro, 2001

A PRAIA DE CADA UM

Não sei se o que escrevo é gostoso de se ler, sei que escrevo com ardor. Às vezes sufoco um texto com sentimentos, como se fosse a namorada carente que chora e faz dengo por um cafuné ou um fora. Minha relação com a escrita é bem por aí, carente e sensível.
Treino... Ler. Escrever.
Quantas horas de treino por dia?
Exponho com as letras muito mais do que, no dia-a-dia, demonstro sentir. Para quem lê, talvez assuste. Então eu busco outros caminhos: comentar sobre futebol, uma piada, uma frase. Usar a técnica. E o texto parece frio. Porque imagino quem quererá ler textos repletos de melancolias, pulsações, histórias cheias de angústias, neuroses, vida, mulher, homem, ônibus, cotidiano, coca-cola, palavras soltas, pipa, sobrinha, mãe, irmão, amigo, criança, doce e namorado?
Pareço louca. E sou.
Hmm..precisava me apresentar, também.