06 novembro, 2001

Poemas & Poemas - 1

Pra quem gosta, pra quem não gosta: Manuel Bandeira

Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento....de desencanto
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa...remorso vão...
Dói-me na veia. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- eu faço versos como quem morre.