25 outubro, 2001

SEDE
Adoro os versos "Me dá um copo d´água/Eu tenho sede/E essa sede/Pode me matar", daquela música do Unplugged do Gilberto Gil. E quando li sobre a fome da Alessandra, senti sede, sede de vinho, de viver de uma forma mais desregrada, sede de beber vinho ao lado da Alessandra, sede de falar sobre o tudo, sobre o nada.
A sede, da boca seca, é um sentimento que parece nos trazer mais vida, pois implica na busca, na súplica, no pedir mais. Não a sede ou a fome de quem está no claustro ou na privação, mas a sede e a fome que descobrem o mundo, que percorrem a ilha em busca de víveres, do caçador.
A primeira vez que li um texto da Alessandra foi assim, me deu vontade de ler mais, uma espécie de sede.
Com toda essa vontade, me tornei o leitor número dois da Alessandra. Mas o número um que se cuide. Estou com sede de vencer.